
Treze vidas foram perdidas devido à leptospirose, uma doença bacteriana transmitida durante as enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo o Centro Estadual de Vigilância Sanitária (CEVS), sete mortes adicionais estão sob investigação, somando-se aos 3.658 casos notificados após as inundações. Dessas ocorrências, 6,6% (242) foram confirmadas como leptospirose.
As vítimas fatais foram registradas em diversas cidades, incluindo Porto Alegre, Charqueadas, Venâncio Aires, Três Coroas, Travesseiro, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Igrejinha, Guaíba, Encantado, Canoas, Cachoeirinha, Alvorada, Viamão e Novo Hamburgo.
A leptospirose, doença aguda infecciosa, é transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais, especialmente ratos, presente em águas contaminadas ou lama durante inundações. Os sintomas, que podem surgir entre cinco e 14 dias após a exposição, incluem febre, dor de cabeça, fraqueza, dores corporais e calafrios.
O governo recomenda que, ao surgirem os primeiros sintomas, os indivíduos busquem assistência médica. Além disso, pede-se atenção aos sintomas adicionais, como tosse, dificuldade respiratória, alterações urinárias, vômitos, icterícia, entre outros.
A população deve evitar o contato com água de enchentes, e, caso seja inevitável, utilizar luvas e calçados impermeáveis. Adverte-se também contra o consumo de alimentos e água potencialmente contaminados e recomenda-se a busca por cuidados médicos imediatos em caso de ferimentos expostos.
Para os suspeitos de leptospirose que tenham estado em áreas inundadas, o tratamento medicamentoso deve ser iniciado imediatamente, com coleta de amostras a partir do sétimo dia dos sintomas, a serem enviadas exclusivamente ao Laboratório Central do Estado.