
Mais de cem dias após a enchente no Rio Grande do Sul, os governos federal e estadual ainda não entregaram as moradias prometidas, frustrando as famílias afetadas.
O governo federal oferece duas modalidades de moradias. A primeira é a compra assistida, com mais de 5 mil imóveis prontos registrados na Caixa Econômica Federal. A União cobrirá até R$ 200 mil por unidade, e nesta semana, 80 famílias serão convocadas para escolher entre essas casas, com prioridade para famílias numerosas e de menor renda. A entrega, inicialmente prevista para junho, foi adiada para agosto devido a atrasos nas prefeituras.
A Medida Provisória 1.233/24 destinou R$ 2 bilhões para a compra de até 10 mil unidades urbanas e R$ 180 milhões para 2 mil unidades rurais. A prefeitura de Porto Alegre já enviou o cadastro de 278 famílias ao governo federal.
A segunda modalidade é a construção de novas moradias pelo programa Minha Casa Minha Vida, com 11,5 mil novas casas anunciadas em julho e um bônus de 5% para projetos concluídos em até 10 meses. As cidades beneficiadas incluem Porto Alegre, Canoas e Novo Hamburgo.
Além disso, o governo estadual lançou o programa “Calamidade” do A Casa É Sua, com R$ 56,4 milhões para 405 casas definitivas e 500 residências provisórias, com a primeira entrega marcada para a próxima segunda-feira (19) em Encantado. Também serão investidos R$ 66,7 milhões em 500 unidades habitacionais modulares, que serão entregues com móveis e eletrodomésticos como solução temporária.