
Na tarde desta segunda-feira (17), o real brasileiro ultrapassou o peso argentino, consolidando-se como a moeda com pior desempenho entre os países emergentes neste ano. O dólar, utilizado como referência, registrou um aumento de 10,54% em relação ao real ao longo de 2024, enquanto a moeda argentina apresentou uma desvalorização de 10,48% frente ao dólar.
Analistas têm apontado que a perspectiva de taxas de juros mais altas nos Estados Unidos tem sido o principal fator por trás da contínua fraqueza do real no cenário global. Além disso, os constantes ruídos políticos aumentam o receio de que as contas públicas do Brasil possam se deteriorar, o que gera uma percepção de maior risco para investimentos no país.
Mudanças na meta fiscal, a troca na presidência da Petrobras e declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm contribuído para a volatilidade e a incerteza nos mercados financeiros brasileiros.
Esse panorama coloca o real em uma posição desfavorável no contexto internacional, refletindo um ambiente econômico e político complexo que continua a desafiar os investidores e formuladores de políticas econômicas no país.