
A Trensurb, empresa pública de trens que atua em Porto Alegre e Região Metropolitana, volta a cobrar a tarifa normal de R$ 4,50 neste sábado (13). A passagem, que tinha o mesmo custo antes das enchentes, está ligada à recuperação do sistema de bilhetes, à integração com o serviço que faz o percurso de ônibus entre Canoas e a capital e à elaboração de um plano de retomada (veja abaixo).
Desde a retomada dos trens, em 30 de maio, a passagem de metrô era gratuita. No entanto, o passageiro que precisava se deslocar de Canoas até o Centro de Porto Alegre tinha que desembolsar R$ 6,85, pegando um ônibus de responsabilidade da Metroplan. Com a mudança, os R$ R$ 4,50 incluem esse trajeto, já que a Trensurb assume o custo desse percurso.
Atualmente 14 das 22 estações da companhia estão em atividade. São todas que ligam a Estação Novo Hamburgo até a Estação Mathias Velho, em Canoas. Os intervalos entre as viagens são de 18 minutos.
Porto Alegre é a única cidade onde o serviço não foi retomado, em razão da enchente.
Retomada completa até 24 de dezembro
Mesmo com perda total nas três primeiras estações de Porto Alegre (Mercado, Rodoviária e São Pedro), a Trensurb planeja retomar a operação completa em todas estações em 24 de dezembro. Esse processo, porém, considera restrições de velocidade e nos intervalos entre viagens.
Em um primeiro momento, a expectativa é colocar os trens em atividade entre a Estação Novo Hamburgo e a Estação Farrapos até 20 de setembro. Com isso, 19 trechos ficariam operantes.
A companhia afirma que, para a retomada completa, será necessário realizar um investimento de aproximadamente R$ 273 milhões. Esse valor considera a necessidade de recuperação de sistemas de energia, sinalização, bilhetagem, vias, edificações e equipamentos.
Segundo a Trensurb, o principal desafio para a retomada completa é a recuperação dos sistemas de energia, já que duas das cinco subestações da empresa foram alagadas e tiveram danos permanentes. O impacto disso é a falta de fornecimento de energia para a tração nos trens.
Outra dificuldade é a recuperação da via dos trens, que incluem a substituição das britas e dos dormentes presentes na ferrovia. O lodo e a areia modificaram as características desses trechos, o que prejudicou a estabilidade da via. A empresa calcula que 22km de trilhos precisarão ser reestruturados.
Sobre a Trensurb
A Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) tem a União como principal acionista (99,88%), com o restante dividido entre o governo do RS e a Prefeitura de Porto Alegre. Os trens operam desde 1985, ligando Porto Alegre a municípios da Região Metropolitana.
A linha opera nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul (desde 1985); São Leopoldo (desde 1997); e Novo Hamburgo (desde 2012). O trajeto tem 43,8 km de extensão.
Fonte: G1 RS










